feedback
Um bom feedback deve atender à necessidade de quem o recebe e não ao capricho de quem o emite e, portanto, centra-se no recetor (tantas vezes estamos desatentos a este princípio quando procuramos brilhar nos nossos comentários…).
Um bom feedback deve atender à necessidade de quem o recebe e não ao capricho de quem o emite e, portanto, centra-se no recetor (tantas vezes estamos desatentos a este princípio quando procuramos brilhar nos nossos comentários…).
Olhando para uma árvore gigante, com a copa recortada perguntei-me: quem podou aquela beleza? Trabalhei duas respostas, dois caminhos. Uma das vias dizia-me, e bem: “o evolucionismo podou, na racional compreensão da luta pelo Sol, rumo à fotossíntese eficaz”. Outra via me dizia, com menos palavras, mas mais espanto: “foi a beleza, a gratuita beleza a podou.” Este esmagamento estético, embrulhado em mistério, confortou-me o andamento. A imponência do belo ganhou.
Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 16, 19–31
«havia um homem rico, que se vestia de púrpura e linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias»
O confronto do homem rico (de quem não sabemos o nome, porque seremos todos nós, possuidores das nossas riquezas…) com Lázaro (o pobre com feridas por cuidar) é central no desafio cristão. O problema do homem rico não era vestir púrpura e linho fino. O seu problema, era que Lázaro estava no seu horizonte e ele não o olhava. A riqueza de saúde, dons e bens torna-se infernal se nos auto-centra e se nos enche de insaciedade. Há “lázaros” para estarmos atentos, aproximarmos e cuidarmos. Seremos sempre medíocres na atenção aos mais pobres, seja qual for a sua pobreza. Mas é precisamente aí, na chaga do que falta, que as nossas mãos ganham sentido e que a riqueza se pode converter em doação.
NOTA: Este artigo é repetido/adaptado de um outro já publicado neste blog
L1: Am 6, 1a. 4-7; Sal 145 (146), 7. 8. 9. 10
L2: 1 Tim 6, 11-16
Ev: Lc 16, 19-31
O perigo do dogma é perder o sentido de totalidade: desequilibrar do lado teológico-material para o lado jurídico-formal…
Um envelope saído da Igreja com uma qualquer missiva, só poderia ser expedido com um selo muito especial: o selo do amor.
A síntese que importa:
o tempo,
o espaço
… e as coisas
tudo em caldo
de uma essência amorosa
que espreita entrelaçada
em aquilo que é.
Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 16, 1-13
«quem é fiel nas coisas pequenas»
O convite é simples mas radical: ser fiel nas pequenas coisas, como nas grandes. Na realidade, num olhar de unidade e totalidade, não há pequenas nem grandes coisas, pequenas nem grandes causas. Há um desafio global e uno à coerência, em todos os momentos, em todos os desafios. Cada Segundo e cada gesto são, neste sentido, sagrados. Talvez um dos nossos grandes equívocos de auto-perceção e olhar do mundo seja avaliar metricamente de mais. Por isto, a maioria dos místicos fazem referência ao detalhe, ao tempo e à própria natureza. Grande causa a merecer a nossa fidelidade amorosa pode ser lavar a louça, andar, cuidar, respirar…
NOTA: Este artigo é repetido/adaptado de um outro já publicado neste blog
L1: Am 8, 4-7; Sal 112 (113), 1-2. 4-6. 7-8
L2: 1 Tim 2, 1-8
Ev: Lc 16, 1-13 ou Lc 16, 10-13
Um ato de fé: Nada, mas mesmo nada, pode ser considerado insuperável pelo Amor!
Decorar as unidades em que se exprimem constantes seria um gesto a evitar no ensino das ciências. Tome-se a constante dos gases perfeitos, por exemplo: sabe-se que PV = nRT e, sendo R = PV / nT, deduz-se, num instante, que tais unidades podem ser, por exemplo, atm dm3 mol–1 K–1. Raciocinar e criar são, não há qualquer dúvida, atividades mais exigentes e essenciais do que decorar, mas sem a sua promoção não há ciência que se ensine, que se aprenda… e que se faça.
Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Slm 77
Nós ouvimos e aprendemos, os nossos pais nos contaram
Neste salmo, nas linhas e nas entrelinhas, emergem dois polos muito relevantes na fé e na existência humana: a tradição e a dádiva. A tradição é mais estruturante em cada um de nós e na pessoa coletiva que somos do que aquilo que às vezes tomamos consciência. Sem esta tradição, sem esta dinâmica transmissão enculturada, talvez nem sequer ‘fossemos’… Tradicionalismos à parte (esses ‘ismos’ de caricatura que transformam a tradição num jugo pesado, contrário ao Evangelho), somos, portanto, de uma fé e de uma existência com positiva e estrutural tradição. E um dos pilares fundantes da tradição religiosa é que Deus “É”, quer-Se dizer… e providencia. Nisto acreditamos, nisto vivemos e isto estamos disponíveis a transmitir. Nisto ‘nos movemos’…
NOTA: Este texto é repetido/ajustado a partir de evento já publicado neste blog anteriormente.
DOMINGO XXIV DO TEMPO COMUM
L 1 Nm 21, 4b-9; Sl 77 (78), 1-2. 34-35. 36-37. 38
L 1 Flp 2, 6-11
Ev Jo 3, 13-17