acidentes…
As circunstâncias são só o ‘acidente-dádiva’ onde o amor mais profundo, pré-existente e além do suporte, se pode realizar…
As circunstâncias são só o ‘acidente-dádiva’ onde o amor mais profundo, pré-existente e além do suporte, se pode realizar…
Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Mt 21, 28–32
Mas ele respondeu-lhe: ‘Não quero’. Depois, porém, arrependeu-se e foi
Há muitos de nós, há partes de nós (…), que dizem que fazem e não fazem. Outras vezes, pelo contrário, dizemos que não fazemos e fazemos… As palavras do Evangelho, em formato parabólico, valorizam mais o fazer do que o anúncio, mais o gesto do que a palavra, mais a ação do que a intenção. De outra forma, podemos ainda apontar para evitar as justificações palavreadas, substituindo-as por um agir silencioso e coerente. Esta valorização da ação remete-nos pois, também, para o valor da contenção verbal, para o concurso de mais silêncio consolador… O amor, neste cenário, nunca é abstracto… é concreto!
NOTA: Este texto repete em parte ou no todo palavras já escritas neste blog, noutro contexto.
L 1 Ez 18, 25-28; Sl 24 (25), 4-5. 6-7. 8-9
L 2 Flp 2, 1-11 ou Flp 2, 1-5
Ev Mt 21, 28-32
O simples a que se referem os Evangelhos (das crianças e não dos sábios…) não é o ignorante nem o irracional… Por isto, sem resolver a fé, dá jeito uma pitada de teologia…
É bom nunca esquecer a nossa radical fragilidade. Mas há algumas graças prévias que nos embalam, por vezes, em coragens quase heróicas e que, sem abolir essa fragilidade, nos estruturam…
Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Mt 20, 1-16
Os últimos serão os primeiros
Lemos do Evangelho de Mateus a célebre parábola do “trabalhador da última hora”, um dos mais desconcertantes ensinamentos de Jesus. A lógica de Deus, de facto, não é a nossa. A contabilidade do amor não é produtivista. É excessiva! A Deus importa o encontro de cada um consigo próprio e com o Criador. Ter inveja de quem recebe o mesmo, apesar de chegar mais tarde, é fazer contas mesquinhas. Há também um certo tom de aviso nesta passagem, principalmente para as pessoas religiosas: não há estatutos adquiridos de validade superior… dito de outra forma, para entender apenas neste contexto: ninguém merece mais do que ninguém…
NOTA: Este texto repete em parte ou no todo palavras já escritas neste blog, noutro contexto.
L 1 Is 55, 6-9; Sl 144 (145), 2-3. 8-9. 17-18
L 2 Flp 1, 20c-24. 27a
Ev Mt 20, 1-16a
Cheio ou vazio,
É a dádiva
que me sustém…
A hermenêutica rabínica dizia que face a uma leitura da bíblia existiam outras 49, que por sua vez é 7 x 7, que, por sua vez, na metáfora simbólica, é infinitas vezes…
Peter Senge invoca o “Pensamento Sistémico” como uma das grandes disciplinas da escola. O pensamento sistémico diz respeito a algo importante, bastante coerente com os modelos sociais, científicos, tecnológicos e informacionais contemporâneos. Uma visão de conjunto é fundamental, já que, tal como acontece com um cobertor pequeno de uma cama, «mexer aqui» tem implicações «acolá» e toda a acção deve ter um saber sistémico na sua base. Senge, partindo desta urgência social e económica, invoca que também a escola se deve preparar para ajudar alunos e professores a apreenderem estas novas disciplinas.
Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Mt 18, 21-35
Não te digo sete vezes mas até setenta vezes sete
A dimensão radical de perdão constitui marca cristã. Per-doar setenta vezes sete (mais do que quarenta e nove…), é perdoar infinitas vezes. Este precioso e original convite de Jesus significa, para cada um de nós, um enorme dom de liberdade, já que perdoar é ser livre. O cerne do perdão está no não ressentimento, está na oportunidade que continuamos a dar ao outro que nos ofendeu. Quem perdoa pode repreender, afastar-se ou até punir. Exteriormente, pode até ser duro ou tanger a violência, mas no coração de quem perdoa, como no de Jesus, há espaço para (re)acolher de novo quem se quiser aproximar por bem.
NOTA: Este texto repete em parte ou no todo palavras já escritas neste blog, noutro contexto.
L 1 Sir 27, 33 – 28, 9; Sl 102 (103), 1-2. 3-4. 9-10. 11-12
L 2 Rm 14, 7-8
Ev Mt 18, 21-35
Diante de dilemas e tensões por causa da abertura da Igreja, nada melhor que invocar o caminho conciliar (já com dezenas de anos…) que nos coloca no sítio certo: a Verdade subsiste no seio da Igreja mas esta nunca esgota o mistério de Deus. Está aqui, doutrinalmente, a porta da abertura escancarada…