Emanuel: Deus (quer estar) connosco

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Mt 1, 18-24

«Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: “A virgem ficara grávida e dará a luz um filho que se há-de chamar Emanuel»

Em vésperas de Natal, A leitura do Evangelho fala-nos do sublinhado da encarnação. Com a respetiva herança judaica (“tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta”), queremos festejar o extraordinário de um Deus que se faz Homem, cerne do cristianismo. A teologia e a dogmática da virgindade de Maria é bastante dinâmica e está sempre afetada pela tensão entre a fisicalidade e a simbolocidade dos acontecimentos. Para a vida de que cada um de nós e de todos, importará significar este Deus que quis e quer estar na humanidade de criou e cria. É coisa de tal forma ímpar e original, este querer estar connosco, que o seu nome é e será, precisamente, Emanuel (Deus connosco).

DOMINGO IV DO ADVENTO

NOTA: Este texto é repetido/ajustado a partir de evento já publicado anteriormente, neste blog


L1: Is 7, 10-14; Sal 23 (24), 1-2. 3-4ab. 5-6
L2: Rom 1, 1-7
Ev: Mt 1, 18-24

JP in Sem categoria 20 Dezembro, 2025

sorrir


Sorrir será sempre boa arma… A vida de todos nós tolera algum sorriso de alma mais pobre. Mas a essência mais perene e robusta do sorriso é quando o âmago da existência também sorri.

JP in Sem categoria 18 Dezembro, 2025

metafísica…

Na história e na filosofia da ciência há uma espécie de pulsar tensional com a metafísica: a ciência emancipa-se com o abandono das ‘questões últimas’ e com o foco no que é explicito e mensurável. Há ciência porque ‘metemos a mão na massa’, algo livres de pressupostos metafísicos. Mas, de quando em vez, a ciência percebe-se reducionista e tenta alcançar primórdios de sua essência primeira… que devolvem a própria ciência as tangências da filosofia primordial…

JP in Sem categoria 16 Dezembro, 2025

dizer bem do futuro de que se precisa

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Slm 145

Louvarei o Senhor toda a minha vida

Louvar é bem dizer e pode ser um bom respiro. Fixemo-nos na expressão final do verso do salmo, isto é: “toda a minha vida”. A sociedade (não só hoje mas desde sempre), como a própria contingência do homem, é muito virada para o provisório. A nossa felicidade, por outro lado, tem muito a ver com uma certa esperança e confiança no futuro. Sem deixar escapar o presente (antes potenciando o “já”), vale a pena viver, se a nossa vida for uma vida com futuro! Louvar o Senhor, hoje, é bom. Melhor ainda, expressão de fidelidade libertadora, é louvar o Senhor, hoje, querendo também louvá-Lo “toda a minha vida”. Ser feliz, não só pelas (tantas) coisas boas que tenho hoje, materiais e espirituais, mas, principalmente, porque a fé me dá a graça de saber que serei feliz amanhã, aconteça o que acontecer…Esta confiança no futuro alimenta uma espera saudável…

NOTA: Este texto é repetido/ajustado a partir de evento já publicado anteriormente, neste blog

DOMINGO III DO ADVENTO



L1: Is 35, 1-6a. 10; Sal 145 (146), 7. 8-9a. 9bc-10
L2: Tg 5, 7-10
Ev: Mt 11, 2-11

JP in Sem categoria 14 Dezembro, 2025

ser pão

A grande Graça que sinto desejar pedir é esta: estar pleno e grato com o que sou e com o que tenho. Alcançar que isso mesmo me basta e, assim, estar radicalmente aberto a todo e qualquer amanhã. Até lá, até haver um só homem que, por não ter pão, não possa ter este alcance, quero correr por dar e ser pão a quem quiser, precisar e desejar receber-me.

JP in Sem categoria 12 Dezembro, 2025

razões de crer

A opção pelo neo-positivismo (como por qualquer outra linha filosófica) é também, em última instância, uma crença. Crer em contexto de fé não é uma atitude irracional, mas é a forma última, ou, se quisermos, o ponto de partida, de acesso ao real, na prespetiva crente.

JP in Sem categoria 10 Dezembro, 2025

fé e razão

A razão, embora de forma insuficiente, é uma das portas por onde nos podemos aventurar na tentativa de penetrar o mistério de Deus.

JP in Sem categoria 8 Dezembro, 2025

endireitar, por dentro…

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Mt 3, 1-12

«Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas»

Esta voz de João Batista que clama no deserto é, também, um símbolo de hoje. Pelo menos em dois aspetos: 1) o grito que damos ao olhar um mundo incompleto e insuficiente, carente e ainda violento e injusto; 2) o grito que podemos dar a nós mesmos, quando nos recolhemos e constatamos a nossa própria fragilidade e incompletude. Em ambos os casos, para fora e dentro de nós mesmos, é uma atenção à mudança que marca os tempos de Advento. Endireitar as veredas, começando principalmente pelo nosso interior, é o caminho a fazer, sempre sem auto-culpabilidade e pressão, antes com doçura e certeza de aceitação…

NOTA: Este texto é repetido/ajustado a partir de evento já publicado anteriormente, neste blog

DOMINGO II DO ADVENTO



L1: Is 11, 1-10; Sal 71 (72), 2. 7-8. 12-13. 17
L2: Rom 15, 4-9
Ev: Mt 3, 1-12

JP in Sem categoria 6 Dezembro, 2025

a Espera no tempo

A forma como nos relacionamos com o tempo é de grande crucialidade nos terrenos da fé. O lastro judaico-cristão aponta para um Deus que mergulha na história por via do tempo. Mas há, se quisermos, um “tempo de Deus”, parte intrínseca do Mistério, que não coincide com o “tempos dos homens”. A pressa existencial é, neste sentido, o avesso da Espera da fé…

JP in Sem categoria 4 Dezembro, 2025