Fizemos o que devíamos fazer…

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 17, 5-10

“Fizemos o que devíamos fazer…”

Colocarmo-nos como “servos inúteis” pode parecer um tanto radical e até violento. Talvez até ‘desauto-estimante’…O significado destas palavras, porém, é de crucial importância na vida espiritual. Se não tivéssemos consciência de que tudo é graça, se não devolvêssemos a Deus os frutos do nosso amor, estaríamos, tão só, cheios de nós próprios. Não seríamos nem servos … nem úteis!…

NOTA: Este texto é repetido/ajustado a partir de evento já publicado neste blog anteriormente.

DOMINGO XXVII DO TEMPO COMUM


L1: Hab 1, 2-3; 2, 2-4; Sal 94 (95), 1-2. 6-7. 8-9
L2: 2 Tim 1, 6-8. 13-14
Ev: Lc 17, 5-10

JP in Sem categoria 2 Outubro, 2022

com limão faz limonada…

A célebre frase “se te oferecerem limões faz limonada!” é plena de sabedoria. Reproduz uma límpida e luminosa atitude de conciliação com a realidade.

JP in Frases 30 Setembro, 2022

unidade na diversidade

Definitivamente, a unidade faz-se na diversidade. O caminho será sempre pluri-identitário. O monocronismo uniformista pode ser tentador mas não subtrai apenas à estética do belo pluriforme, acabará também por esbarrar com a liberdade sagrada de cada ser…

JP in Educação Espiritualidade Frases 28 Setembro, 2022

reformismos e tradições

Face às tensões institucionais, nas organizações políticas, sociais, culturais e religiosas, pode valer a máxima: “Nem reformismo balofo nem tradicionalismo estático”. Procuremos uma resignificação continuada e, acima de tudo, uma coerência com o nosso estilo de vida.

JP in Frases 26 Setembro, 2022

havia um homem rico, que se vestia de púrpura e linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 16, 1931

«havia um homem rico, que se vestia de púrpura e linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias»

O confronto do homem rico (de quem não sabemos o nome, porque seremos todos nós, possuidores das nossas riquezas…) com Lázaro (o pobre com feridas por cuidar) é central no desafio cristão. O problema do homem rico não era vestir púrpura e linho fino. O seu problema, era que Lázaro estava no seu horizonte e ele não o olhava. A riqueza de saúde, dons e bens torna-se infernal se nos auto-centra e se nos enche de insaciedade. Há “lázaros” para estarmos atentos, aproximarmos e cuidarmos. Seremos sempre medíocres na atenção aos mais pobres, seja qual for a sua pobreza. Mas é precisamente aí, na chaga do que falta, que as nossas mãos ganham sentido e que a riqueza se pode converter em doação.

NOTA: Este artigo é repetido/adaptado de um outro já publicado neste blog

DOMINGO XXVI DO TEMPO COMUM

L1: Am 6, 1a. 4-7; Sal 145 (146), 7. 8. 9. 10
L2: 1 Tim 6, 11-16
Ev: Lc 16, 19-31

JP in Sem categoria 24 Setembro, 2022

dose certa

Na dose certa

 

Procuro a

minha dose.

Quanto dou?

Que espaço ocupo?

Que tempo tomo?

Às vezes, estou demais,

quase veneno.

Encho com excessivas

palavras.

Melhor fora ser

silencioso solvente.

Outras vezes

devia ser mais presente.

Mais soluto.

Mais concentrado.

Sou micro-escala

quando deveria

gritar ao mundo

uma qualquer injustiça.

Meu sonho?

Ser tónico, não tóxico.

Procuro a

minha dose,

a dose certa…

2011

JP in Poemas Química 22 Setembro, 2022

decidir…

Uma não decisão prejudica mais do que uma má decisão. Basta pensar, com potencial analógico, no trânsito das cidades: mais valia uma decisão, mesmo que de infração, para evitar aquele engarrafamento…

JP in Frases 20 Setembro, 2022

quem é fiel nas coisas pequenas

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 16, 1-13

«quem é fiel nas coisas pequenas»

O convite é simples mas radical: ser fiel nas pequenas coisas, como nas grandes. Na realidade, num olhar de unidade e totalidade, não há pequenas nem grandes coisas, pequenas nem grandes causas. Há um desafio global e uno à coerência, em todos os momentos, em todos os desafios. Cada Segundo e cada gesto são, neste sentido, sagrados. Talvez um dos nossos grandes equívocos de auto-perceção e olhar do mundo seja avaliar metricamente de mais. Por isto, a maioria dos místicos fazem referência ao detalhe, ao tempo e à própria natureza. Grande causa a merecer a nossa fidelidade amorosa pode ser lavar a louça, andar, cuidar, respirar…

NOTA: Este artigo é repetido/adaptado de um outro já publicado neste blog

DOMINGO 15 DO TEMPO COMUM

L1: Am 8, 4-7; Sal 112 (113), 1-2. 4-6. 7-8
L2: 1 Tim 2, 1-8
Ev: Lc 16, 1-13 ou Lc 16, 10-13

JP in Sem categoria 18 Setembro, 2022

plásticos…

Há contas por fazer sobre o balanço relativo do uso (e abuso) do plástico e do papel. Custa-me a elaborar que o papel é mais inócuo para o ambiente do que o plástico. O problema essencial, penso, não está em ser plástico ou papel. Está no sentido ético que determina comportamentos. É doloroso ver estômagos de animais marinhos cheios de plásticos ou vestígios nas bordas dos rios de uma espécie de sedimentos plásticos. Mas o problema não está no plástico, está em quem não o reciclou…

JP in Ciência Química 16 Setembro, 2022

materialidade, simbolismo e realidade

Muitas conversas de índole filosófico-teológica se situam no eixo materialidade-simbolismo. Compreende-se esse movimento mas sinto necessidade de o triangular com uma outra dimensão, a da realidade. Com efeito, não é nem decisivo nem exclusivo arrumar eventos como materiais ou simbólicos. Pode existir realidade, com ou sem materialidade, com ou sem simbolismo. As explicitações religiosas, estão plenas de gestos e momentos onde quer o ‘só material’ quer o ‘só simbólico’ são insuficientes. A nossa vida experimenta poder haver muito sentido real, com ou sem materialidade, com ou sem simbolismo…

JP in Espiritualidade Frases 14 Setembro, 2022