largar…

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 2, 2240

«Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor»

Dando cumprimento à Lei de Moisés, Maria e José levaram o Menino ao templo. O gesto central de Maria e de José, é o de oferecer o seu filho e, desta forma, estabelecer uma cumplicidade com a missão salvadora de Jesus e a sua doação a todos nós. Opõem-se ao gesto de oferecer, as atitudes de possuir, manipular, controlar, chantagear e construir expectativas formatadas. Quantas vezes, nas nossas relações (os pais em relação filhos mas não só), não teremos esta atitude de possuir, em vez de oferecer?… Apresentar, oferecer, largar, são bons verbos de inspiração para as relações dentro de tantas (sagradas) famílias que florescem no mundo.



Ev Lc 2, 22-40 ou Lc 2, 22. 39-40

JP in Sem categoria 2 Fevereiro, 2025

olhar como Deus

De todos os ‘mergulhos divinos através dos homens’ (sermos Seus pés, Suas mãos e Seus olhos) impressiona-me o olhar. Deus arrisca olhar através de mim e eu olharei como Deus olha se me souber tomar pela compaixão universal…

JP in Sem categoria 30 Janeiro, 2025

Sara: a estéril fecunda

Na experiência mais ou menos mitológica da centenária Sara, a estéril que tem um filho, não é o espetáculo obstétrico que importa: é a abertura ao futuro que – a convite da Bíblia – embala a humanidade…

JP in Sem categoria 28 Janeiro, 2025

libertar

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 1, 1-4: 4, 14-21
«restituir a liberdade aos oprimidos»

Na sinagoga, local religioso da Sua própria cultura, Jesus proclama ao que vem, fazendo pontes (páscoas…) antecipadas entre a tradição e a Sua própria novidade. Podemos centrar-nos no apelo à liberdade, aqui invocada como uma restituição, apelando a certa potencialidade, liberdade e bondade originais que nos constituem. Jesus e a(s) sua(s) igrejas, entretanto tecidas no tempo e no espaço, nem sempre sublinharam devidamente esta essência de liberdade. Mas certa opressão existencial, que pessoal e coletivamente carregamos, tem uma saída em Cristo. A(s) igreja(s), ou apontam esta liberdade, ou não serão de Cristo…

NOTA: Este texto é repetido/ajustado a partir de evento já publicado anteriormente, neste blog.

DOMINGO III DO TEMPO COMUM


L1: Ne 8, 2-4a. 5-6. 8-10; Sal 18 B (19), 8. 9. 10. 15
L2: 1 Cor 12, 12-30 ou 1 Cor 12, 12-14. 27
Ev: Lc 1, 1-4: 4, 14-21

JP in Sem categoria 26 Janeiro, 2025

sinodalidade

A teologia, a cristologia e a eclesiologia terão de ser triangular mais harmoniosamente. Falo de entrelaçar ainda melhor a expressão racional das experiências de Deus, de Cristo e da Igreja, que tem como charneira a sinodalidade. Processo lento e custoso, mas fundamental.

JP in Sem categoria 24 Janeiro, 2025

excessividades…

Todos nós precisamos de um lado de excessos, por assim dizer. Do que experimentei, o lugar de excesso mais prazoroso e promissor é o da mística. Ali, sem limites, se pratica o excesso de gratidão, o excesso de valorização da abundância, o excesso de rendição, o excesso de entrega, o excesso de autenticidade, o excesso de abertura, o excesso de amor.

JP in Sem categoria 22 Janeiro, 2025

o vinho que faz falta

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Jo 2, 1-11 

«Não têm vinho»

O relato do Evangelho que hoje nos inspira diz respeito às Bodas de Caná, onde se saboreia o primeiro carente mas depois abundante néctar do vinho. Podemos fazer uma pergunta de paragem: “que vinho nos falta?” (na família, no trabalho, na rua…). Valorizar esse desejo e tomar nota que não é tendo tudo que se está bem. Não é necessariamente cheio que se está pleno. Há que viver o processo de transformação: assim como o da água em vinho, o da rotina em sabor, o da carência em saciedade, o da morte em vida…

Ser vinho para mim mesmo, para o outro e para o mundo, é ser a festa que (me) falta!

NOTA: Este texto é repetido/ajustado a partir de evento já publicado neste blog anteriormente.

DOMINGO II DO TEMPO COMUM


L1: Is 62, 1-5; Sal 95 (96), 1-2a. 2b-3. 7-8a. 9-10ac
L2: 1 Cor 12, 4-11
Ev: Jo 2, 1-11

JP in Sem categoria 18 Janeiro, 2025

bioética…

Na dança da ciência com a ética podemos identificar uma espécie de cirurgia ontológica, do tipo “até aqui podem mexer… depois não…”. Mas isto é tudo menos maquinal e por isso a bioética é tão importante e tão dinâmica…

JP in Sem categoria 16 Janeiro, 2025

lenta revelação…

Santo Ireneu, cerca de duzentos anos depois de Cristo, intui bem que Deus é processo a carecer de tempo e trabalho. Dizia ele que Deus não se revela total e imediatamente pela mesma contingência que uma Mãe não dá um bife a um bebé…

JP in Sem categoria 14 Janeiro, 2025

mergulhando

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 3, 15-16

Também Jesus foi baptizado

Este gesto de Jesus ‘se colocar na fila’ para o batismo (em teoria, prescindível para o Messias…) valoriza-nos a humildade e a procura de realização no ‘ordinário’ de cada dia. O batismo de Jesus é o mergulho no mundo como ele é, em cada um de nós e nas nossas vidas. A forte simbologia da água marca o sinal positivo do batismo como uma imersão voluntária e comunitária no risco da fé, no usufruto do acolhimento, no amparo da água que limpa, purifica e refresca…

Inspiração ecuménica e de amplitude religiosa (por isso Cristã…), é entender e reviver o batismo como ‘batizar-se no outro’. Ali, no outro, sagradamente, mora a plenitude onde vale a pena mergulhar.

NOTA: Este artigo é repetido/adaptado de um outro já publicado neste blog

DOMINGO do Batismo do Senhor



L1: Is 42, 1-4. 6-7; Sal 28 (29), 1-2. 3ac-4. 3b e 9b-10
L2: At 10, 34-38
Ev: Lc 3, 15-16. 21-22

JP in Sem categoria 12 Janeiro, 2025