momento presente…
Voltar ao momento presente é uma espécie de paradoxo redundante Mas temos muito a aprender com a cultura Oriental que, como num espelho, nos pode mostrar outros caminhos e linguagens que nos escapam…
Voltar ao momento presente é uma espécie de paradoxo redundante Mas temos muito a aprender com a cultura Oriental que, como num espelho, nos pode mostrar outros caminhos e linguagens que nos escapam…
Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 14, 25-33
«Quem não renunciar a todos os seus bens não pode ser meu discípulo»
Poderíamos pensar que estas palavras seriam apenas ou principalmente para aqueles (religiosos) que têm voto de pobreza. A verdade é que, também num estado de vida não religioso, se pode e deve ser radical. Bens como casas, carros, tecnologias, etc. podem ser renunciados, isto é, não são absolutamente para possuir, mas, em vez, administrar, usar e partilhar, precisamente na medida de ser discípulo, amigo dos homens e, no prisma cristão, “amigo de Jesus”. Notar que quem tem votos de pobreza não tem a renúncia dos bens como facto consumado. A maioria dos ‘sins’ são para redizer, alimentar e afirmar quotidianamente…
Mesmo para não químicos, “ler” o mundo com os olhos postos nas ligações químicas é, no mínimo, fascinante! O que se passa quando petróleo, gorduras ou as famosas moléculas de ATP estão envolvidos em processos muito energéticos? É que quando as moléculas que compõem estes materiais entram em combustão (reagindo com oxigénio) acontecem duas coisas muito relevantes: aumenta a dispersão molecular e formam-se ligações muito fortes, principalmente em moléculas de dióxido de carbono e água. Tudo tem a sua raiz ‘lá em baixo’, na química das coisas…
O grande traço de maturidade é abrir-me à crítica como uma dádiva, sem prejuízo de poder ativar o meu “caixote do lixo de feedbacks”…
Impõe-se na escola uma educação para o espírito crítico no uso da internet. Este aspecto é mais importante face ao digital do que na bibliografia clássica em papel. É que na Internet está tudo, o bom e o mau… Será preciso aferir a informação, filtrá-la. Na internet, muitas vezes, falta revisão científica de conteúdos. Em muitos casos, desde logo, a fonte chancela a informação, garantindo-a. Estão em planos diferentes, por exemplo, a informação da Tabela Periódica digital da Royal Society of Chemistry ou uma página de um curioso desconhecido sobre elementos químicos…
Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 14, 1.7-14
30«Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado»
Jesus utiliza os hábitos sociais do seu tempo para falar de humildade e de uma “lógica diferente”, que Ele veio anunciar. Não obstante a realidade social diferenciada que hoje vivemos, a tentação de tomar o primeiro lugar mantém-se no coração de cada um de nós. Sermos exaltados ou, numa perspectiva psico-afectiva, sermos reconhecidos ou valorizados, não só não é mau como é fundamental. O que é negativo, de facto, é forçar a visibilidade, “armar-se”, fazer as coisas mais pelos dividendos de eventual honra consequente do que por discretas e simples causas de serviço gratuito…
A palavra desejo tem uma etimologia muito curiosa: desiderare relaciona-se com alcançar as estrelas… Fixo-me em Galileu e no seu telescópio… O estudioso da ética deseja o bem, o teólogo deseja a razão das coisas de Deus e o artista deseja o belo. Assim, a ciência deseja compreender um tudo nada mais sobre o funcionamento da natureza…
Há um vazio intrínseco em cada um de nós… E não resistimos, tantas vezes, a enchermo-nos de provisoriedade. Perdoe-se-me a linguagem de charcutaria, mas, às vezes, somos uns enchidos…
Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 13, 22-30
«Esforçai-vos por entrar na porta estreita»
A “porta estreita”, bem o sabemos, não é a mais fácil de passar. Certo é que a vida nos vai mostrando que o “mais fácil” (porta larga) nem sempre anda de mãos dadas com “o melhor para nós”. Da gestão dos bens materiais, a múltiplos compromissos, à relação com os outros, passando pela saúde do nosso corpo ou pela vivência da nossa sexualidade, vamos experimentando isto mesmo. O facto da “porta ser estreita”, porém, deve ser motivo de gozo e não de drama para nós próprios. Uma fasquia alta vale pelo prazer e pelos frutos de a superar e nunca pela estéril e culpabilizadora sensação de que se não consegue ultrapassar…