viver e morrer

Uma simples troca de palavras faz a Páscoa: não há como VIVER senão MORRENDO por amor…Não há como MORRER senão VIVENDO por amor…

JP in Sem categoria 24 Abril, 2024

tudo cá dentro de mim…

Quase todas as parábolas evangélicas que lançam dicotomias de tensão são para as colocar dentro do “eu” crente. O trigo e o joio, os lobos e os cordeiros, as virgens insensatas e as prudentes, o céu e o inferno… tudo isso mora, convive e luta dentro do mesmo “eu” crente…

JP in Sem categoria 22 Abril, 2024

Eu conheço as Minhas ovelhas e elas seguem-Me

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Jo 10, 11-18

Eu conheço as Minhas ovelhas e elas seguem-Me

Os apóstolos têm no Apóstolo dos apóstolos, o Bom Pastor, o
seu modelo. Jesus conhece as suas ovelhas, o que no sentido metafórico pastorício é de uma grande relevância e dá um tom muito personalista à nossa Fé. Entendemos que Deus, em Jesus, conhece, “está com” e ama cada um de nós. Inspirador também para os cristãos, eles próprios apóstolos, é conhecer os outros: ouvir, “perder tempo” com eles, saber da sua vida, interessar-se pelos seus problemas (sem invasões, claro…). Esta atitude – e escreve quem a deseja, mas quem reconhece inúmeras dificuldades – não pode ser voluntarista e superficial. Esta atenção ao outro terá de brotar de uma atenção ontológica, ao que se é, onde se está e ao que se vive… Ninguém ama o desconhecido e conhecer os outros humanos é um aspeto incontornável da vida de todos. Conhecer os outros e interessar-se genuinamente por eles é, além de um mandato humano, um estilo agudamente cristão…

Este texto é adaptado em parte ou na totalidade de palavras anteriores já publicadas.

L 1 At 4, 8-12; Sl 117 (118), 1 e 8-9. 21-23. 26 e 28cd e 29
L 2 1Jo 3, 1-2
Ev Jo 10, 11-18

JP in Sem categoria 20 Abril, 2024

revelação participada

A revelação precisa do homem como o pão sem boca não seria alimento. Há uma apropriação dialética da comunidade face à revelação, onde dançam a interioridade e a tentativa de explicitação.

JP in Sem categoria 18 Abril, 2024

ciência e sonhos…

A responsabilidade começa no sonho- É dilema da ciência e é um dilema existencial: que sonhos alimenta a ciência? Que sonhos alimento eu?…

JP in Sem categoria 16 Abril, 2024

fundamentalismo, fanatismo e farisaísmo

Halik identifica os 3Fs da religião num tom sintético que nos ajuda na auto-crítica religiosa: Fundamentalismo (textos sagrados fora do contexto), o Fanatismo (falta de sentido de diálogo) e o Farisaísmo (prisão à letra e à lei). 

JP in Sem categoria 14 Abril, 2024

assim está escrito, que o Messias havia de sofrer e ressuscitar

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 24, 35-48

assim está escrito, que o Messias havia de sofrer e ressuscitar

A frase do evangelho: “assim está escrito, que o Messias havia de sofrer e ressuscitar” é curiosa e muito sintética da nossa fé. Poderíamos resumir aquilo em que acreditamos na ideia vivida de que, como Jesus, entendemos (mais ainda, acreditamos e vivemos) que todo o sofrimento que a existência acarreta não é a última palavra. Convínhamos que em alguns redutos, incluindo religiosos, esta frase aparece truncada e apenas: “Assim está escrito, que o Messias havia de sofrer…”. Ora é uma afirmação não truncável, porque a Páscoa está a acontecer. Agradeçamos e vivamos em alegria a última parte não descartável, que ilumina a primeira: “…e ressuscitar”.

Este texto é adaptado em parte ou na totalidade de palavras anteriores já publicadas.

L 1 At 3, 13-15. 17-19; Sl 4, 2. 4. 7. 9
L 2 1Jo 2, 1-5a
Ev Lc 24, 35-48

buscadores…

Apresentam mais parecenças do que julgam, os descrentes categóricos e os crentes autoconvencidos: ambos não parecem ser buscadores de Deus…

JP in Sem categoria 12 Abril, 2024

Deus e a explicabilidade do cosmos

Para os crentes, a necessidade de Deus não se justifica pela necessidade de explicar os fenómenos naturais que acontecem no universo, nem sequer de que forma e há quanto tempo o universo teve o seu início espácio-temporal. Estas questões deverão ser respondidas pela ciência sem necessidade de inserir Deus nas equações físico-matemáticas. É quando o ser humano se pergunta pelo sentido da sua existência e da de milhões de outros seres humanos, bem como pelo sentido de todo o universo, que a necessidade de Deus se manifesta. A ciência não tem nada a dizer sobre o sentido da existência humana, nem sobre o sentido do universo. Muitos não-crentes negam que a questão do sentido deva ser resolvida fora da ciência. Mas o cidadão comum entende facilmente que a ciência não responde a essa questão. E talvez a vida precise de um sentido…

JP in Sem categoria 10 Abril, 2024