assertividade e a emoção do outro
A assertividade é uma busca constante. A emoção do outro face a uma eventual crítica minha não é desprezível, mas não é o maior dos argumentos para desempatar a tensão ‘digo/não digo’. Não importa tanto se o outro fica triste ou não com o que digo, importa se o que eu digo é pretexto de crescimento e aproximação da verdade e da justiça. Pessoalmente, entendo que só devo experimentar esta assertividade verbal com quem a deseja receber. Há relações (sem futuro) que não merecem a crítica.
Natal 2019
Vendo bem, costumamos celebrar e desejar as Boas Festas do Natal, antes do Natal…
Simbolismos à parte, o Natal é DESDE JÁ, embora AINDA NÃO JÁ.
Excelente metáfora de todos os nossos (re)nascimentos e da nossa própria vida, plena de encontros sonhados e em construção.
O Natal é um encontro antecipável…
Bom Natal 2019!
autoridade, condução e acompanhamento
A autoridade não é desprezível em todos os dinamismos humanos. Sabemos que o cerne da autoridade, porém, é a autenticidade e a inteireza. Em termos espirituais (e isto é relevante para a Igreja) é discutível a metáfora da ‘condução’, pela pedagogia pobre e dirigista que encerra. Para a (recomendável) prática da entreajuda espiritual, é bem melhor a colocação de “acompanhamento espiritual” do que a de “direção espiritual”. Na primeira trabalha o Espírito e na segunda manipula a criatura…
viver os momentos de felicidade
Há uma arte própria de viver os momentos de felicidade. Refiro-me às experiências em que ‘corre tudo bem’, como desejado e previsto. Tais momentos, se caírem no saco do egocentrismo e da insaciabilidade, tornam-se cinzentos, fugazes e até paradoxalmente pesados.
A insustentável leveza da incompatibilidade entre ciência e religião
“A insustentável leveza da incompatibilidade entre ciência e religião”
O deus em que não acredita Peter Atkins é inacreditável: ainda bem que ele é não crente nesse deus e eu, com entusiasmo, acompanho-o nesse ‘ateísmo’.
Artigo completo em
https://www.publico.pt/2018/12/09/ciencia/opiniao/-insustentavel-leveza-incompatibilidade-ciencia-religiao-1853629
Chardin e o dinamismo
Chardin rejeita o tomismo de ser a substância o cerne do assunto (um certo ‘coisismo’, digo eu). Ele incorpora o tempo, a mudança e a relação como constituintes de Deus e dos homens.
Homem e(é) animal…
É fraturante, no campo da antropologia, da biologia, da filosofia e de muitas outras áreas, a questão de saber se o Homem é “apenas” um animal mais evoluído. Isto é, se a diferença é apenas de grau, quantitativa, ou se há uma nuance de qualidade. Pessoalmente, entendo que o que distingue o homem é um espaço próprio de consciência. O homem sabe que é… Nas entrelinhas, posto isso, há na espécie humana um lastro de possibilidade de reconhecer um Criador, de alvitrar transcendência…
PS: …E nada contra a proteção dos animais (exageros à parte), que são elementos da criação, na proporção exacta do apontamento humanista, que sempre privilegia, justamente, a criatura humana.
a ti que sofres
A TI QUE SOFRES
A ti
que sofres
não te peço
que não chores.
Que não chore
não há quem.
Que chores,
não te peço também.
Peço-te…
que chores… bem!
in Paiva, J. C. (2000), Este gesto de Ser (poesia), Edições Sagesse, Coimbra.
acessível aqui
dicotomia 1: o sentido e os sentidos
Vivemos tensionalmente entre um sentido preponderante (O sentido?…) e vários sentidos, que a realidade, a liberdade e o vento nos inspiram. O sentido (singular), não se impõe. Há um caminho libertador: fazer convergir os vários sentidos para O sentido que aponta o essencial…