foi hospedar-se em casa de um pecador…

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 19, 1-10

«Foi hospedar-se em casa de um pecador…»

Ao chamar Zaqueu e ficar em sua casa, Jesus fornece-nos, entre outras, duas pistas importantes relacionadas com a sua própria missão de revelar Deus aos homens, revelando-Se: primeiro, não fez o que é comum, o que todos fazem ou o politicamente correcto. Por outro lado Ele aceita (neste caso até procura) aqueles tidos como pecadores públicos, indo ao seu encontro, aceitando ficar em sua casa. Esta passagem impele-nos hoje a privilegiar contatos com os mais excluídos que precisarem de nós: marginalizados na escola ou na família, estrangeiros, pessoas de diferentes etnias, paroquianos mais “originais”, vizinhos mais difíceis, são “zaqueus” que esperam por nós… E cada um de nós, claro está, é, ao mesmo tempo, um (pequeno-enorme) Zaqueu que precisa de Alguém.

NOTA: Este artigo é repetido/adaptado de um outro já publicado neste blog

DOMINGO XXXI DO TEMPO COMUM

L1: Sab 11, 22 – 12, 2; Sal 144 (145), 1-2. 8-9. 10-11. 13cd-14
L2: 2 Tes 1, 11 – 2, 2
Ev: Lc 19, 1-10

JP in Sem categoria 30 Outubro, 2022

…por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem como este publicano

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 18, 9-14 

«…por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem como este publicano»

Este trecho de Lucas puxa por todos nós, como num espelho. Distraídos, olhando criticamente os outros, estamos a milímetros de uma super-auto-consideração… Na perspectiva espiritual, entende-se como a relação com Deus, esse tateamento que só progride na verdade do que somos, precisa de gente disposta a olhar para si com menos defesas de qualquer superioridade. A consciência de que somos publicanos (comuns carentes) pode tornar-nos mais livres para acolher a confiança (comuns crentes…).

DOMINGO XXX DO TEMPO COMUM



L1: Sir 35, 15b-17. 20-22a (gr. 12-14.16-18);
Sal 33 (34), 2-3. 17-18. 19 e 23
L2: 2 Tim 4, 6-8. 16-18
Ev: Lc 18, 9-14

JP in Sem categoria 22 Outubro, 2022

O nosso auxílio vem do Senhor, que fez o céu e a terra…

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Slm 120

«O nosso auxílio vem do Senhor, que fez o céu e a terra…»

Quando se reza o credo na missa, de alguma forma nos encontramos com este salmo: “Deus criou (e está a criar) o céu e a terra”. Nada dizemos sobre as origens de tudo o que existe e a Bíblia não é o livro indicado para indagar sobre esse assunto (será melhor perguntar à ciência que, ainda que provisoriamente, nos dá boas pistas sobre a origem e a evolução da humanidade e do cosmos). O auxílio que vem do Senhor, porém, contém mas ultrapassa o alívio existencial de reconhecer O criador. É que este auxílio, na crença cristã, tem uma presença concreta e real, espelhável no espaço e no tempo, sistemática e contínua (Espírito Santo). Reconhecer-me auxiliado, incondicionalmente, pode ser uma fonte de liberdade.

DOMINGO XXIX DO TEMPO COMUM



L1: Ex 17, 8-13; Sal 120 (121), 1-2. 3-4. 5-6. 7-8
L2: 2 Tim 3, 14 – 4, 2
Ev: Lc 18, 1-8

JP in Sem categoria 16 Outubro, 2022

Voltou atrás, glorificando a Deus…

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 17, 11-19

«Voltou atrás, glorificando a Deus…»

A leitura do Evangelho fala-nos de “voltar atrás para agradecer”, fala-nos de gratidão e humildade. Mas pode ser explorado pela diferença entre ‘curar’ e ‘salvar’. Em certo sentido, estes dez leprosos foram curados (com a provisoriedade que isso implica… iremos todos morrer…) mas, apenas um, o que regressa, terá sido salvo, isto é, terá encontrado (melhor, reconhecido) um sentido ultimo para o significado da sua vida. Reconhecer este encontro agradecido é, de facto, o cerne da nossa fé, o centro da nossa vida… reconhecido e agradecido…

NOTA: Este artigo é repetido/adaptado de um outro já publicado neste blog

DOMINGO XXVIII DO TEMPO COMUM

L1: 2 Reis 5, 14-17; Sal 97 (98), 1. 2-3ab. 3cd-4
L2: 2 Tim 2, 8-13
Ev: Lc 17, 11-19

JP in Sem categoria 8 Outubro, 2022

valor do inter-religioso

As múltiplas tradições religiosas, sem levar à desidentidade, podem inter-enriquecer-nos. Os sublinhados de cada tradição são potencialmente inspiradores. Por exemplo: as tradições orientais valorizam a nossa dimensão de corpo e de silêncio; a tradição cristã valoriza-nos a conceptualização e o compromisso social; as tradições aborígenes apontam-nos a relação com a natureza…

JP in Sem categoria 4 Outubro, 2022

Fizemos o que devíamos fazer…

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 17, 5-10

“Fizemos o que devíamos fazer…”

Colocarmo-nos como “servos inúteis” pode parecer um tanto radical e até violento. Talvez até ‘desauto-estimante’…O significado destas palavras, porém, é de crucial importância na vida espiritual. Se não tivéssemos consciência de que tudo é graça, se não devolvêssemos a Deus os frutos do nosso amor, estaríamos, tão só, cheios de nós próprios. Não seríamos nem servos … nem úteis!…

NOTA: Este texto é repetido/ajustado a partir de evento já publicado neste blog anteriormente.

DOMINGO XXVII DO TEMPO COMUM


L1: Hab 1, 2-3; 2, 2-4; Sal 94 (95), 1-2. 6-7. 8-9
L2: 2 Tim 1, 6-8. 13-14
Ev: Lc 17, 5-10

JP in Sem categoria 2 Outubro, 2022

havia um homem rico, que se vestia de púrpura e linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 16, 1931

«havia um homem rico, que se vestia de púrpura e linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias»

O confronto do homem rico (de quem não sabemos o nome, porque seremos todos nós, possuidores das nossas riquezas…) com Lázaro (o pobre com feridas por cuidar) é central no desafio cristão. O problema do homem rico não era vestir púrpura e linho fino. O seu problema, era que Lázaro estava no seu horizonte e ele não o olhava. A riqueza de saúde, dons e bens torna-se infernal se nos auto-centra e se nos enche de insaciedade. Há “lázaros” para estarmos atentos, aproximarmos e cuidarmos. Seremos sempre medíocres na atenção aos mais pobres, seja qual for a sua pobreza. Mas é precisamente aí, na chaga do que falta, que as nossas mãos ganham sentido e que a riqueza se pode converter em doação.

NOTA: Este artigo é repetido/adaptado de um outro já publicado neste blog

DOMINGO XXVI DO TEMPO COMUM

L1: Am 6, 1a. 4-7; Sal 145 (146), 7. 8. 9. 10
L2: 1 Tim 6, 11-16
Ev: Lc 16, 19-31

JP in Sem categoria 24 Setembro, 2022

quem é fiel nas coisas pequenas

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 16, 1-13

«quem é fiel nas coisas pequenas»

O convite é simples mas radical: ser fiel nas pequenas coisas, como nas grandes. Na realidade, num olhar de unidade e totalidade, não há pequenas nem grandes coisas, pequenas nem grandes causas. Há um desafio global e uno à coerência, em todos os momentos, em todos os desafios. Cada Segundo e cada gesto são, neste sentido, sagrados. Talvez um dos nossos grandes equívocos de auto-perceção e olhar do mundo seja avaliar metricamente de mais. Por isto, a maioria dos místicos fazem referência ao detalhe, ao tempo e à própria natureza. Grande causa a merecer a nossa fidelidade amorosa pode ser lavar a louça, andar, cuidar, respirar…

NOTA: Este artigo é repetido/adaptado de um outro já publicado neste blog

DOMINGO 15 DO TEMPO COMUM

L1: Am 8, 4-7; Sal 112 (113), 1-2. 4-6. 7-8
L2: 1 Tim 2, 1-8
Ev: Lc 16, 1-13 ou Lc 16, 10-13

JP in Sem categoria 18 Setembro, 2022

Ele ficou ressentido e não queria entrar

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 15, 1-32

Domingo 24 tempo comum

«Ele ficou ressentido e não queria entrar»

A parábola do filho pródigo é muito rica e permite múltiplas abordagens para nos fazer reflectir e crescer. Centremo-nos na pessoa do irmão do filho pródigo: a sua reacção é natural e todos nós temos um pouco da lógica deste irmão ressentido. Quantas vezes achamos injusto que aquela pessoa tão rude tivesse tantos benefícios… Quantas vezes pensamos ser injusto a saúde ou a vida fugir a “gente boa”, deixando outras pessoas “menos boas”, segundo os nossos critérios, sorrindo ao sol? Mas, mais subtil e auto-provocador, é o facto deste filho mais velho ser um ‘bem comportado’ (talvez “fosse à missa”, num linguajar contemporâneo). Ele ‘fazia bem’, mas ‘não fazia o Bem’, por isso, não queria entrar…

NOTA: Este artigo é repetido/adaptado de um outro já publicado neste blog

DOMINGO XXIV DO TEMPO COMUM



L1: Ex 32, 7-11. 13-14; Sal 50 (51), 3-4. 12-13. 17 e 19
L2: 1 Tim 1, 12-17
Ev: Lc 15, 1-32 ou Lc 15, 1-10

JP in Sem categoria 10 Setembro, 2022

…não pode ser meu discípulo

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 14, 25-33

«Quem não renunciar a todos os seus bens não pode ser meu discípulo»

Poderíamos pensar que estas palavras seriam apenas ou principalmente para aqueles (religiosos) que têm voto de pobreza. A verdade é que, também noutros estados de vida religiosos, se pode e deve ser radical. Bens como casas, carros, tecnologias, etc. podem ser renunciados, isto é, não são absolutamente para possuir, mas, em vez, administrar, usar e partilhar, precisamente na medida de ser discípulo, amigo dos homens e, no prisma cristão, “amigo de Jesus”. Notar que quem tem votos de pobreza não tem a renúncia dos bens como facto consumado. A maioria dos ‘sins’ são para redizer, alimentar e afirmar quotidianamente, a vida toda…

NOTA: Este artigo é repetido/adaptado de um outro já publicado neste blog

DOMINGO XXIII DO TEMPO COMUM



L1: Sab 9, 13-19 (gr. 13-18b); Sal 89 (90), 3-4. 5-6. 12-13. 14 e 17
L2: Flm 9b-10. 12-17
Ev: Lc 14, 25-33

JP in Sem categoria 4 Setembro, 2022