Voltou atrás, glorificando a Deus…

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 17, 11-19

«Voltou atrás, glorificando a Deus…»

A leitura do Evangelho fala-nos de “voltar atrás para agradecer”, fala-nos de gratidão e humildade. Mas pode ser explorado pela diferença entre ‘curar’ e ‘salvar’. Em certo sentido, estes dez leprosos foram curados (com a provisoriedade que isso implica… iremos todos morrer…) mas, apenas um, o que regressa, terá sido salvo, isto é, terá encontrado (melhor, reconhecido) um sentido ultimo para o significado da sua vida. Reconhecer este encontro agradecido é, de facto, o cerne da nossa fé, o centro da nossa vida… reconhecido e agradecido…

NOTA: Este artigo é repetido/adaptado de um outro já publicado neste blog

DOMINGO XXVIII DO TEMPO COMUM

L1: 2 Reis 5, 14-17; Sal 97 (98), 1. 2-3ab. 3cd-4
L2: 2 Tim 2, 8-13
Ev: Lc 17, 11-19

JP in Sem categoria 8 Outubro, 2022

valor do inter-religioso

As múltiplas tradições religiosas, sem levar à desidentidade, podem inter-enriquecer-nos. Os sublinhados de cada tradição são potencialmente inspiradores. Por exemplo: as tradições orientais valorizam a nossa dimensão de corpo e de silêncio; a tradição cristã valoriza-nos a conceptualização e o compromisso social; as tradições aborígenes apontam-nos a relação com a natureza…

JP in Sem categoria 4 Outubro, 2022

Fizemos o que devíamos fazer…

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 17, 5-10

“Fizemos o que devíamos fazer…”

Colocarmo-nos como “servos inúteis” pode parecer um tanto radical e até violento. Talvez até ‘desauto-estimante’…O significado destas palavras, porém, é de crucial importância na vida espiritual. Se não tivéssemos consciência de que tudo é graça, se não devolvêssemos a Deus os frutos do nosso amor, estaríamos, tão só, cheios de nós próprios. Não seríamos nem servos … nem úteis!…

NOTA: Este texto é repetido/ajustado a partir de evento já publicado neste blog anteriormente.

DOMINGO XXVII DO TEMPO COMUM


L1: Hab 1, 2-3; 2, 2-4; Sal 94 (95), 1-2. 6-7. 8-9
L2: 2 Tim 1, 6-8. 13-14
Ev: Lc 17, 5-10

JP in Sem categoria 2 Outubro, 2022

havia um homem rico, que se vestia de púrpura e linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 16, 1931

«havia um homem rico, que se vestia de púrpura e linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias»

O confronto do homem rico (de quem não sabemos o nome, porque seremos todos nós, possuidores das nossas riquezas…) com Lázaro (o pobre com feridas por cuidar) é central no desafio cristão. O problema do homem rico não era vestir púrpura e linho fino. O seu problema, era que Lázaro estava no seu horizonte e ele não o olhava. A riqueza de saúde, dons e bens torna-se infernal se nos auto-centra e se nos enche de insaciedade. Há “lázaros” para estarmos atentos, aproximarmos e cuidarmos. Seremos sempre medíocres na atenção aos mais pobres, seja qual for a sua pobreza. Mas é precisamente aí, na chaga do que falta, que as nossas mãos ganham sentido e que a riqueza se pode converter em doação.

NOTA: Este artigo é repetido/adaptado de um outro já publicado neste blog

DOMINGO XXVI DO TEMPO COMUM

L1: Am 6, 1a. 4-7; Sal 145 (146), 7. 8. 9. 10
L2: 1 Tim 6, 11-16
Ev: Lc 16, 19-31

JP in Sem categoria 24 Setembro, 2022

quem é fiel nas coisas pequenas

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 16, 1-13

«quem é fiel nas coisas pequenas»

O convite é simples mas radical: ser fiel nas pequenas coisas, como nas grandes. Na realidade, num olhar de unidade e totalidade, não há pequenas nem grandes coisas, pequenas nem grandes causas. Há um desafio global e uno à coerência, em todos os momentos, em todos os desafios. Cada Segundo e cada gesto são, neste sentido, sagrados. Talvez um dos nossos grandes equívocos de auto-perceção e olhar do mundo seja avaliar metricamente de mais. Por isto, a maioria dos místicos fazem referência ao detalhe, ao tempo e à própria natureza. Grande causa a merecer a nossa fidelidade amorosa pode ser lavar a louça, andar, cuidar, respirar…

NOTA: Este artigo é repetido/adaptado de um outro já publicado neste blog

DOMINGO 15 DO TEMPO COMUM

L1: Am 8, 4-7; Sal 112 (113), 1-2. 4-6. 7-8
L2: 1 Tim 2, 1-8
Ev: Lc 16, 1-13 ou Lc 16, 10-13

JP in Sem categoria 18 Setembro, 2022

Ele ficou ressentido e não queria entrar

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 15, 1-32

Domingo 24 tempo comum

«Ele ficou ressentido e não queria entrar»

A parábola do filho pródigo é muito rica e permite múltiplas abordagens para nos fazer reflectir e crescer. Centremo-nos na pessoa do irmão do filho pródigo: a sua reacção é natural e todos nós temos um pouco da lógica deste irmão ressentido. Quantas vezes achamos injusto que aquela pessoa tão rude tivesse tantos benefícios… Quantas vezes pensamos ser injusto a saúde ou a vida fugir a “gente boa”, deixando outras pessoas “menos boas”, segundo os nossos critérios, sorrindo ao sol? Mas, mais subtil e auto-provocador, é o facto deste filho mais velho ser um ‘bem comportado’ (talvez “fosse à missa”, num linguajar contemporâneo). Ele ‘fazia bem’, mas ‘não fazia o Bem’, por isso, não queria entrar…

NOTA: Este artigo é repetido/adaptado de um outro já publicado neste blog

DOMINGO XXIV DO TEMPO COMUM



L1: Ex 32, 7-11. 13-14; Sal 50 (51), 3-4. 12-13. 17 e 19
L2: 1 Tim 1, 12-17
Ev: Lc 15, 1-32 ou Lc 15, 1-10

JP in Sem categoria 10 Setembro, 2022

…não pode ser meu discípulo

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 14, 25-33

«Quem não renunciar a todos os seus bens não pode ser meu discípulo»

Poderíamos pensar que estas palavras seriam apenas ou principalmente para aqueles (religiosos) que têm voto de pobreza. A verdade é que, também noutros estados de vida religiosos, se pode e deve ser radical. Bens como casas, carros, tecnologias, etc. podem ser renunciados, isto é, não são absolutamente para possuir, mas, em vez, administrar, usar e partilhar, precisamente na medida de ser discípulo, amigo dos homens e, no prisma cristão, “amigo de Jesus”. Notar que quem tem votos de pobreza não tem a renúncia dos bens como facto consumado. A maioria dos ‘sins’ são para redizer, alimentar e afirmar quotidianamente, a vida toda…

NOTA: Este artigo é repetido/adaptado de um outro já publicado neste blog

DOMINGO XXIII DO TEMPO COMUM



L1: Sab 9, 13-19 (gr. 13-18b); Sal 89 (90), 3-4. 5-6. 12-13. 14 e 17
L2: Flm 9b-10. 12-17
Ev: Lc 14, 25-33

JP in Sem categoria 4 Setembro, 2022

Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado

Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Lc 14, 1.7-14

«Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado»

Jesus utiliza os hábitos sociais do seu tempo para falar de humildade e de uma “lógica diferente”, que Ele veio anunciar. Não obstante a realidade social diferenciada que hoje vivemos, a tentação de tomar o primeiro lugar mantém-se no coração de cada um de nós. Sermos exaltados ou, numa perspectiva psico-afectiva, sermos reconhecidos ou valorizados, não só não é mau como é fundamental. O que é negativo, de facto, é forçar a visibilidade, “armar-se”, fazer as coisas mais pelos dividendos de eventual honra consequente do que por discretas e simples causas de serviço gratuito…

NOTA: Este texto é repetido/ajustado a partir de evento já publicado neste blog anteriormente.

DOMINGO XXII DO TEMPO COMUM



L1: Sir 3, 19-21. 30-31 (gr. 17-18.20.28-29);
Sal 67 (68), 4-5ac. 6-7ab. 10-11
L2: Hebr 12, 18-19. 22-24a
Ev: Lc 14, 1. 7-14

JP in Sem categoria 28 Agosto, 2022

Deus e as explicações…

Não procuramos Deus para explicar as causas físicas do que acontece, mas sim para ir procurando o mistério último do significado do mundo e da vida.

JP in Sem categoria 26 Agosto, 2022

prudência nos compromissos


Para dores da vida (que nos fazem crescer) bastam as dores que a vida tem. Não precisamos de precipitar dores de crescimento porque a realidade encarrega-se de nos proporcionar tal. Da mesma forma, analogicamente, para aborrecimentos, tensões, cenários de constrangimento e de “ter que fazer sem grande motivação”, bastam as situações imprevistas. É prudente, portanto, discernir e decidir todos os convites e solicitações. Para que se diga sim ao que é mais carregado de motivação intrínseca, sentido e, assim fecundidade (mesmo que “doa”). E para que se diga não se “cheirar a esturro”, a prisão, a peso excessivo, pura obrigação exterior ou manipulação e, assim, menos ou nada fecundo…

JP in Sem categoria 24 Agosto, 2022