Aquela voz
AQUELA VOZ
Sento-me
de pernas cruzadas
sem ter nada
para dizer.
Estou só
contigo.
Muitas vozes
ecoam
dentro de mim.
Distingo a Tua,
aquela voz
que me diz
que sou feliz!
n Paiva, J. C. (2000), Este gesto de Ser (poesia), Edições Sagesse, Coimbra.
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Intimidade
INTIMIDADE
São instantes
inequívocos
em que só
te tenho a Ti!
Pretéritos
projectos
tempo,
tudo se centra ali
… Em Ti!
…in Paiva, J. C. (2000), Este gesto de Ser (poesia), Edições Sagesse, Coimbra.
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Inconsciência
INCONSCIÊNCIA
Navego inconsciente
na consciência da Fé:
não percebo mas entendo
não enxergo mas vejo
não suporto mas resisto.
Não compreendo mas amo.
Tudo tomba mas sou esperança.
Já não sou eu que vivo,
sou mais fé… do que eu…
Estou consciente.
Inconsciente é só a alegria
que sinto por ser assim!
…in Paiva, J. C. (2000), Este gesto de Ser (poesia), Edições Sagesse, Coimbra.
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O que são as borboletas
O QUE SÃO AS BORBOLETAS?
As borboletas
são papéis
de cores vivas.
São pétalas
voadoras
disfarçadas
de asas coloridas.
As borboletas
são retalhos
de arco-íris,
pedaços de beleza,
fragmentos
do sorriso
de Deus!
in Paiva, J. C. (2000), Este gesto de Ser (poesia), Edições Sagesse, Coimbra.
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sabor do tempo que passa
Livro editado pela Editora AO
Pode ser acedido abaixo
Referência: Paiva, J. C. (2005), Sabor do Tempo que passa, Editorial AO, Braga.
Para adquirir o livro contactar:
http://livraria.apostoladodaoracao.pt/produto/sabor-do-tempo-que-passa/
Nota: neste blog, há textos constantes do livro, com etiquetas, disponibilizados ‘avulso’.
esta coisa
ESTA COISA
Esta coisa
de não ser ninguém.
nem poeta
nem químico
nem professor
nem homem
nem pai.
Tudo raso, pouco
quase nada.
Desejo
ser coisa
nenhuma.
Criado do criador.
Serpente voadora,
insignificante criatura,
como dizia
meu Pai
… isso herdei
in Paiva, J. C. (2000), Este gesto de Ser (poesia), Edições Sagesse.
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vontade de Deus
A vontade de Deus
A vontade de Deus
é esta porta que se abre
com a chave liberdade.
É este tempo,
este quadro.
é o que tenho
é o que falta.
A vontade de Deus
é o útero
onde cresço,
é a realidade
que vem a mim.
É o arco-iris
que liga a
chuva que sou
Ao Sol da criação.
A vontade de Deus
não é magia:
É a possibilidade
que vem tal e qual
ao meu cenário.
a vontade de Deus
Acolhe-me e dá-me:
Dá-me o sentido
que posso seguir.
Coimbra, 03 de Junho 2010
quando não estás
Quando não estás
Queria forçar
este poema
quando não sinto.
A Tua ausência,
o Teu silêncio,
a Tua fuga,
tecem a
minha solidão.
És não sinal
e eu,
cheio vazio de mim
espero
(afinal espero)
o dia
em que sejas tu
a escrever
os meus poemas.
28/07/2010
samaritana
Samaritana
A verdadeira pérola
não é a água
mas procurar a sede
de uma fonte
certa e abundante.
A verdadeira riqueza
não é a água,
é a sede de a querer.
É este vazio,
esta hospitalidade
de crer beber
que me convoca
a construir.
A graça que peço
é a da sede,
que a água é certa!
18-11-2013