Filho de um acto de amor
FILHO DE UM ACTO DE AMOR
Bates… porta
da vida
com dor.
Não falas,
ouves
sentes
o meu clamor.
Ecuta:
és filho
de um acto
de Amor.
…in Paiva, J. C. (2000), Este gesto de Ser (poesia), Edições Sagesse, Coimbra.
acessível aqui
FILHO DE UM ACTO DE AMOR
Bates… porta
da vida
com dor.
Não falas,
ouves
sentes
o meu clamor.
Ecuta:
és filho
de um acto
de Amor.
…in Paiva, J. C. (2000), Este gesto de Ser (poesia), Edições Sagesse, Coimbra.
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OCEANO DE BEM ESTAR
O oceano
de bem estar
deixa atónita
a razão de ser
de tanta felicidade.
Vive-se sem perguntar
o mundo belo
duma aventura bonita.
Está-se leve mas
consciente,
apostado nos dois
mas aberto ao mundo!
…in Paiva, J. C. (2000), Este gesto de Ser (poesia), Edições Sagesse, Coimbra.
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ESTA NOITE
Esta é a noite
difícil e bela
em que mesmo que pudesse
não dançaria contigo.
É a noite em que te perco
e ofereço o meu
gemido de alegria.
Esta noite é dura e bela
é a noite do amor.
…in Paiva, J. C. (2000), Este gesto de Ser (poesia), Edições Sagesse, Coimbra.
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PRESENTE NA FALTA
Pela falta
sinto-te presente.
Falta o teu
calor de sorrisos
a tua voz
de vida.
Falta o teu cheiro
perfume
as tuas mãos
delicadas.
Faltam os teus
lábios belos e
teus cabelos
de cor.
Por não estares
te sinto tanto,
e só não desato
em pranto,
por saber do
nosso amar.
Assim saboreio
com gosto
o que seria
desgosto
se não fosse
acreditar.
…in Paiva, J. C. (2000), Este gesto de Ser (poesia), Edições Sagesse, Coimbra.
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ESPERAVA TUDO…
Esperava tudo
da vida
menos sofrer
de paixão!
Esperava tudo
menos respirar
dificilmente.
Esperava tudo
da vida
menos esta partida
de não me conhecer.
Sou criança.
Não sei
escrever poemas
sem nenhum
verso de esperança.
…in Paiva, J. C. (2000), Este gesto de Ser (poesia), Edições Sagesse, Coimbra.
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O ÚLTIMO POEMA DA PAIXÃO
Desejo escrever
com uma pena leve
e tinta de raiva,
o último poema
da paixão.
Quando o tempo
é longo,
ouve-se a voz
que muda a rota
da gaivota.
Destino diferente
um porto perdido.
…in Paiva, J. C. (2000), Este gesto de Ser (poesia), Edições Sagesse, Coimbra.
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GOSTO DO DESGOSTO
Não gosto
do desgosto
que provoca
quem não gosta
do que gostava antes.
Como se fosse ilusão
o gosto que se gostou
de que brotou o desgosto
do gosto da solidão.
Gosto do gosto da vida
mais que do desgosto
do gosto
por quem não está decidida
…in Paiva, J. C. (2000), Este gesto de Ser (poesia), Edições Sagesse, Coimbra.
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