não esperar nada é esperar tudo
Há palavras antónimas, que, dançando, podem seguir aos pares a mesma música: nada e tudo, são um bom casal.
Não esperar nada (=liberdade), é esperar tudo!
Há palavras antónimas, que, dançando, podem seguir aos pares a mesma música: nada e tudo, são um bom casal.
Não esperar nada (=liberdade), é esperar tudo!
É um previlégio enorme haver espaço na areia molhada da praia para as minhas e para as tuas pegadas. Espaço imenso e dinâmico, onde cabe sempre mais um par de pés para fazer caminhos. Se por hipótese (quase absurda) saturassem as marcas côncovas no solo, viria o mar em ondas refazer espaço, por cortesia da Lua, mãe das marés…
A Bíblia não é para ser lida literalmente, como, em verdade, quase nenhum texto (nem talvez o científico e nem mesmo o jurídico, em bom rigor…). A palavra texto tem cumplicidades com têxtil, fazendo lembrar os fios que se entrelaçam, as histórias que se apresentam, as mensagens que se insinuam. Tudo envolvido na subjetividade de quem tece, de quem escuta e de quem vive as palavras, assim vivas…
Às vezes não sabemos o que havemos de fazer com a vida que nos foi dada. Em nome da verdade, sem querer alimentar vitimismos, há um certo drama na existência: a vida não nos foi só dada, foi também imposta! Poderá ajudar a dica de Virgílio Ferreira e o filão da responsabilidade: “somos responsáveis pelo que fazemos da vida e até pelo que fazemos do que outros fizeram de nós”.
Sempre que posso falo com a natureza e vejo que ela tem muito para me dizer: a paciência, a beleza, a abundância, a contingência e, talvez principalmente, a morte das plantas rendidas ao nitrato que são, para o Natal de mais vida…
O conceito de experiência merece reflexão atenta. Relaciona-se com o contacto com a realidade objetiva… em interação espacial e temporal. Mas esta interação é com um sujeito, em vários níveis de reflexão e profundidade. É sempre subjetiva, a experiência…
Fala-se em quatro revoluções: a máquina a vapor, a gasolina, a internet, a inteligência artificial. Mecaniscismos, tecnologias, otimizações operacionais… Importantes, mas aquém da grande revolução urgente, que é do Homem e dos seus Valores.
Há exageros na metáfora objetivista de grelhas, métricas e outras parametrizações exageradas. Ocorre promover a positiva subjetividade, no sentido humanista do termo. Curiosa, a este propósito, a máxima de Fernando Savater: “se fosse um objeto era objetivo, como sou um sujeito, sou subjetivo…”
julho’ 2018
Rezo, pois, em silencioso grito, para que todos saibamos colher o momento presente, crescer com o que aconteça, tomar a responsabilidade dos nossos atos, abrir os nossos olhos e a inteligência ao discernimento que nos possa fazer boas escolhas, face aquilo que está nas nossas mãos (uma minúscula parte do dinamismo da
realidade).
Pró-ativos mas em paixão (passiona, passivos, em aceitação…), assim, abertos à graça, saboreamos já aperitivos de paraíso, sem pedinchar quase que manipulativamente uma intervenção mágica que Deus, omni(im)potente, por mistério amoroso, parece não apreciar…
2013
A experiência da comunhão é bonita, bela, importante… mas sempre com alguma coisa por compreender.
Eu gosto do comungar: faz-me bem acreditar que posso “comer” este Jesus que é maior (e sempre!) Amigo e, depois, ganhar força para alimentar os outros, com o mesmo amor.
Desejo que sejas muito feliz e uses a comunhão para ser mais feliz ainda mais.
Quando comungares, agora, como os grandes, todas as semanas, fecha os olhos e agradece essa amizade com Jesus. É um grande tesouro.
Quando temos dúvidas de fé, podemos sempre agradecer… e isso basta!
Meu desjeo maior é que esta seja muito mais a primeira comunhão e muito menos a última comunhão…
Isto é tudo um mistério, mas um mistério de abundância e de excesso de luz!…
março’ 2011