o deserto somos nós

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Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Mc 1, 1-8

Em tempo de Advento concentramo-nos no riquíssimo panorama e real do deserto, onde aparece João Baptista a proclamar. Não será por mero acaso que a porta que é João Baptista parte do deserto, talvez físico mas, certamente, simbólico. O verdadeiro arrependimento só se pode fazer a partir do verdadeiro deserto que somos nós. Sem entrarmos no nosso deserto íntimo não nos podemos arrepender e recomeçar verdadeiramente, porque a graça de Deus quis precisar da nossa realidade, do nosso deserto, para se revelar. Precisamos, talvez, no Advento e não só, de valorizar o deserto interior, de entrar nele, de o olhar, de o admitir, de o saborear. Sem silêncio interior e exterior não há tangência no deserto e, porventura, não há oásis nem maná, não há conversão…

NOTA: Este texto repete em parte ou no todo palavras já escritas neste blog, noutro contexto.

DOMINGO II DO ADVENTO



L 1 Is 40, 1-5. 9-11; Sl 84 (85), 9ab-10. 11-12. 13-14
L 2 2Pd 3, 8-14
Ev Mc 1, 1-8