Pobre

   Poemas

POBRE

Estendes a perna

torcida pela pobreza,

e vendes

sem preço fixo

essas mazelas.

Estendes a mão

de cansaço

para encheres

de bagaço

o teu próprio

coração

vazio.

Não importa

se tens culpa

ou onde gastas

o que te dão.

Importa sorrir,

uns segundos

em retalhos…

…in Paiva, J. C. (2000), Este gesto de Ser (poesia), Edições Sagesse, Coimbra.

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