anjos, transcendência e mundo…

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Diz Tolentino Mendonça, a propósito da complexa, sedutora, simbólica e antisimbólica angeologia, judaico-cristã e não só: “mostrar sem desvendar, dizer sem prender, tornar maximamente visível sem ferir minimamente o invisível”. No cristianismo, este toque angélico é notado, nesta mesma névoa paradoxal, em particular, no alfa e no ómega do quotidiano da vida de Jesus (anunciação e escatologia apocalíptica). Como seria previsível, no cristianismo, sempre embalado na síntese entre a tradicional continuidade judaica com a novidade do Evangelho, a angeologia subalterna-se ao primado de Cristo, onde toda a realidade mora.