nada há encoberto que não venha a descobrir-se, nada há oculto que não venha a conhecer-se

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Na liturgia católica romana deste fim de semana escuta-se Mt 10, 26-33

«nada há encoberto que não venha a descobrir-se, nada há oculto que não venha a conhecer-se»

A frase do Evangelho de Mateus é acutilante para nos colocar centralmente na preferência óbvia pela verdade, pela luz, pelo esclarecimento, pela transparência. Uma das mais radicais fragilidades da Igreja, das famílias cristãs, dos grupos católicos e de muitas relações humanas é a ignorância vivencial deste convite pela luz em cima da mesa. O resultado é catastófrico: porventura “embalados” com leituras parciais e enganosas das escrituras (como a inspiração de ‘não dar escândalo’), tantos de nós não vamos por aqui: ocultamos, jogamos, escondemos, dissimulamos, contemos, omitmos… enganamos e enganomo-nos… Tudo rebenta, mais tarde ou mais cedo, com danos muitas vezes irreparáveis. Que as dores de gestos e heranças de omissão e finta da realidade nos recordem e façam viver tendendo à verdade, mesmo que doa…

DOMINGO XII DO TEMPO COMUM


L 1 Jr 20, 10-13; Sl 68 (69), 8-10. 14-15. 33-35
L 2 Rm 5, 12-15
Ev Mt 10, 26-33